
Dar visibilidade a quem empreende e impulsiona a economia local é uma missão que transforma realidades – tanto de quem vive essas histórias quanto de quem as conta. Foi assim para Ingrid Rocha, Marcos Maluf e Anderson Viegas, jornalistas de Mato Grosso do Sul que tiveram já seus trabalhos reconhecidos pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo. As vitórias não vieram apenas como troféus: representaram marcos importantes de suas carreiras, ampliaram suas oportunidades e reafirmaram a potência do jornalismo humanizado.
Com inscrições abertas até 9 de junho, a 12ª edição do prêmio segue com o propósito de valorizar reportagens que mostram o impacto do empreendedorismo e dos pequenos negócios no Brasil. Profissionais da imprensa e estudantes de jornalismo podem participar com produções veiculadas entre 3 de junho de 2024 e 8 de junho de 2025, em diversas plataformas e formatos. Além das categorias tradicionais: Texto, Rádio, Vídeo e Foto, a edição deste ano também inclui uma categoria especial voltada ao jornalismo universitário.
Reportagens narradas em fotos
Marcos Maluf Atuou por muito tempo na área industrial até chamar o Jornalismo de profissão. Fotojornalista há 10 anos, a transição de carreira surgiu através de mudanças na profissão e da paixão de fotografar e, isso trouxe a oportunidade de trabalhar em grandes jornais da capital. Reconhecido nacionalmente, a coleção de premiações ainda o surpreende. “A sensação é a mais surreal que alguém possa imaginar. Imagina dividir o palco com profissionais que um dia foram referência para você, melhor do que isso, ao final de tudo escutar deles que te iram. Sem dúvidas vou levar para o resto da vida.”
O fotojornalismo é a área de atuação jornalística que produz informação por meio da fotografia. Mudanças significativas relacionadas a era digital podem até ameaçar o uso das câmeras fotográficas nos jornais, mas para Maluf, a versatilidade da área mostra ainda mais a importância do meio profissional. “Na minha linha editorial uma boa foto é aquela que você olha e torce para ela se mexer, se você torce ou imagina o que aconteceu depois do momento, você já atingiu a reflexão”, compartilha.
Ganhador nacional da categoria fotojornalismo em 2022 pela produção das imagens que ilustraram a matéria escrita em parceria com o jornalista e fotojornalista Cléber Gelio, “Do puxadinho que vira legado ao sonho rompido à luz da pandemia (Campo Grande News)”. Os dois amigos viram uma chance de desenvolver a reportagem, a partir de experiências pessoais com o tema da edição. “Pensei em explorar os ourives do estado, como eu já tinha exercido a profissão conhecia alguns e por pura coincidência, o Cleber também já tinha sido, e “pimba” também fomos personagens na nossa pauta”.
Empreendedorismo dentro e fora da redação
Jornalista há 28 anos, Anderson Viegas sabe que a mudança faz parte da profissão. Após 17 anos trabalhando em uma empresa, neste ano, o jornalista decidiu o abrir o próprio negócio em comunicação com o portal de notícias Made in MS . “Empreender é um sonho que carrego há alguns anos e, escrevendo direto sobre economia, contando as histórias de outros empreendedores, isso foi me inspirando e me encorajando. O site possui uma pegada voltada para essa área que tanto me atrai, o setor produtivo, além de contar boas histórias do cotidiano”, apresenta.
Através de um levantamento que o Portal dos Jornalistas faz anualmente e que registra os jornalistas mais premiados do ano e ao longo da história, Anderson já foi contemplado como um dos jornalistas mais premiados de Mato Grosso do Sul. Ao todo, 36 prêmios e outros reconhecimentos simbolizam momentos de sua carreira na comunicação que abriram portas para a produção de outros materiais e até mesmo novas oportunidades profissionais.
“Cada prêmio, para mim, é uma oportunidade de contar uma boa história. Assuntos que, às vezes, ficam fora do nosso radar por conta da correria do dia a dia, O Prêmio Sebrae é muito especial porque possibilita retratar temas e histórias inspiradoras, de pessoas que superaram todos os tipos de dificuldades imagináveis para empreender e tiveram sucesso. Isso é muito importante, porque serve de motivação para outras pessoas”, compartilha.
Anderson já coleciona vitórias há tempos com o Prêmio Sebrae de Jornalismo, mas recorda que a produção mais marcante para a competição foi a matéria escrita durante a pandemia: “Com união, Bonito supera restrições da pandemia, implanta protocolos de biossegurança e ganha reconhecimento internacional”. Em 2021, a reportagem ganhou a etapa estadual e regional na categoria texto e seguiu como finalista nacional. “A reportagem ilustra bem como, quando existe um propósito claro e o envolvimento de todas as partes, se chega a ótimo resultado. Ela fala sobre como Bonito, nosso polo mundial de ecoturismo, com a união do poder público e iniciativa privada, adotou uma série de protocolos de biossegurança, para que, em meio à pandemia, pudesse voltar a receber turistas, salvando um importante segmento da sua economia”, finaliza.
Rádio e o olhar diferente para a história
Ingrid Rocha é jornalista há oito anos e conquistou o 1º lugar em matérias de áudio consecutivamente nos anos de 2021 e 2022. Ela conta que levar prêmio duas vezes seguidas foi uma surpresa. “Acho que a segunda vez que eu ganhei a matéria, ela foi mais difícil no sentido de que eu queria colocar muitos elementos para a matéria ficar muito completa. Eu preciso ir atrás de alguém para falar sobre esse assunto, porque é um complemento, então as entrevistas me instigavam.”
Trabalhando na rádio na época, o tema de economia foi sendo inserido aos poucos na cobertura dia a dia. Ingrid define que ser jornalista é ser persistente e que a insegurança pode ser um motivo de se arriscar em novos espaços da profissão. “Se você não tentar, então não vai nem conseguir, então a tentativa é sempre válida. E em áudio, eu acho que explorar muito as histórias das pessoas no sentido de trazer um diferencial daquela história, ter um olhar para aquela história diferente.”
Humanizando números
Os três jornalistas compartilham que dificuldades na rotina como pautas descartadas e fontes que não respondem fazem parte da imprevisibilidade da profissão. Para temas como Economia, a dica é mostrar histórias além dos números. “A complexidade dessa pauta pode assustar, mas os principais responsáveis por desmistificar tudo pra gente são os próprios personagens, a simplicidade com que eles fazem as coisas acontecerem contagia e inspira”, pontua Maluf sobre alinhar pautas com assuntos do dia a dia.
Já Ingrid Rocha, o segredo para entregar uma boa pauta está na forma que o assunto se faz presente na própria vida. “Para mim, o Prêmio em si foi muito importante. Desenvolver as produções me fez querer fazer mais, a produzir mais e foi muito interessante e, acho que não só para o áudio, para tudo, explorar a história das pessoas e ter um olhar diferente para ela é o que faz a diferença”.
Para Anderson Viegas, o diferencial na produção de conteúdo para esse segmento é usar a criatividade e recursos multiplataformas. “Mostrar o impacto que esses números, essas ações e projetos vão ter no cotidiano de quem produz ou oferece um serviço na sua microempresa. Isso o Prêmio Sebrae nos estimula a fazer: unir os dados às boas histórias”.
Prêmio Sebrae de Jornalismo 2025
A premiação reconhece as melhores matérias veiculadas em diferentes canais da imprensa nacional e, nesta edição, podem participar tanto profissionais da comunicação quanto estudantes, com reportagens publicadas entre 3 de junho de 2024 e 8 de junho de 2025.
Os temas devem estar ligados ao universo do empreendedorismo, incluindo: Bioeconomia, Pequenos Negócios e COP 30; Inovação e Startups; Produtividade e Competitividade; Inclusão Produtiva e Desenvolvimento Territorial; Transformação Digital; Empreendedorismo Feminino; Políticas Públicas e Legislação; o a Crédito e Gestão Financeira; e Empreendedorismo Social.
As inscrições estão abertas pelo site: premiosebraejornalismo.com.br
Fonte: Da assessoria