Um assessor do presidente Vladimir Putin, da Rússia, afirmou que ocorreria uma “guerra nuclear” que culminaria no “fim do mundo” caso a Ucrânia e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) tentassem retomar os territórios ocupados pelos militares russos no conflito entre Moscou e Kiev.
De acordo com a estatal russa “Tass”, o assessor Vladimir Medinsky — que lidera a delegação russa que dialoga sobre o fim do conflito com Kiev — informou que poderia ocorrer uma catástrofe se não fosse assinado um acordo de paz efetivo. “Depois de algum tempo, a Ucrânia […] se juntará à Otan, tentará reconquistá-los [os territórios perdidos] e isso será o fim do mundo — haverá uma guerra nuclear”, pontuou.
Ainda, Medisnky apontou que, caso haja apenas uma trégua na linha de frente sem acordo de paz, haverá entre Rússia e Ucrânia uma situação parecida com a disputa entre Armênia e Azerbaijão pelo Carabaque.
Moscou descarta o “cessar-fogo incondicional” exigido por Kiev e seus aliados ocidentais. O Kremlin insiste que é necessário resolver o que chama de “causas profundas” do conflito.
A Rússia exige que a Ucrânia renuncie de forma definitiva ao processo de adesão à Otan e que entregue as cinco regiões das quais reivindica a anexação. As áreas de Lugansk, Crimeia, Kherson, Zaporizhzhia e Donetsk que Moscou exige representam 20% do território ucraniano.
As condições são inaceitáveis para Kiev, que exige uma retirada total das tropas russas de seu território.
As prioridades da Ucrânia são “um cessar-fogo completo e incondicional” e o “retorno dos prisioneiros” e das crianças ucranianas que, segundo Kiev, Moscou levou para seu território, afirmou no domingo o presidente Volodimir Zelensky.
*Com informações da AFP
Fonte: IstoÉ