Mato Grosso do Sul voltou a registrar atividade sísmica nesta semana. Dois tremores de terra foram detectados com epicentros próximos ao município de Sonora, no intervalo de apenas 15 horas e 21 minutos entre eles. O primeiro ocorreu às 23h41 da segunda-feira (12) e o segundo às 8h20 da manhã desta terça-feira (13).
Segundo dados do Centro de Sismologia da USP, o abalo registrado na noite de segunda-feira teve magnitude de 3.5 na escala Richter (mR) — o mais forte do ano no estado e o segundo maior em todo o país em 2025, perdendo apenas para o tremor de 4.3 mR sentido em Parauapebas (PA).
O segundo tremor, ocorrido já nesta terça-feira, teve magnitude de 2.1 MLv (Magnitude Local vertical), também na escala Richter. Até o momento, não há relatos de que os abalos tenham sido sentidos pela população de Sonora ou região.
Os registros foram captados pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisados pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). A RSBR é coordenada pelo Observatório Nacional, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com apoio do Serviço Geológico do Brasil.
Nove tremores em 2025
Com os dois novos episódios, subiu para nove o número de tremores de terra registrados em Mato Grosso do Sul somente neste ano, com magnitudes variando entre 1.6 mR e 3.5 mR. A maioria é classificada como de baixa magnitude, o que significa que são pouco ou nada perceptíveis à população.
Veja os locais e datas dos abalos sísmicos anteriores:
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28 de abril – Miranda (1.6 mR)
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26 de abril – Rio Negro
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19 de abril – Bonito
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28 de março – Ponta Porã
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21 de março – Corumbá
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14 de março – Ponta Porã
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5 de março – Sonora
De acordo com os especialistas da RSBR, tremores como esses são considerados comuns no Brasil e têm origem natural, provocados por movimentos e acomodações da crosta terrestre, mesmo em regiões fora das zonas de falha geológica mais conhecidas.
Sem riscos à população
Embora chamem a atenção, os abalos sísmicos registrados até o momento não oferecem risco à população, por sua baixa intensidade. No entanto, os órgãos de monitoramento seguem acompanhando a atividade sísmica no estado com atenção.
Fonte: Redação/ML